"Writing is a socially acceptable form of schizophrenia."
(E.L. Doctorow
)

"Words - so innocent and powerless as they are, as standing in a dictionary, how potent for good and evil they become in the hands of one who knows how to combine them."
(Nathaniel Hawthorne
)

sábado, 26 de julho de 2014

Homenagem digna de um Mágico

Nesta sexta-feira tive o privilégio de assistir ao vivo no Dragão a uma reunião de jogadores nunca antes vista. Jogadores do FC Porto que levantaram a taça da Champions League em 2004 mediam forças contra o Barcelona que foi vitorioso no mesmo evento em 2006.


Não querendo entrar no aspecto físico de alguns (já lá iremos) admito que foi fantástico sentir aquela nostalgia e rever em campo aquela equipa que me fez sonhar acordado como portista. Baía, Jorge Costa, Pedro Emanuel, Paulo Ferreira, Maniche, Costinha, Pedro Mendes, Alenitchev, Derlei ... à memória vinha aqueles momentos de sofrimento e alegria que tive ao ver a campanha do Porto em 2004 e que acabou com o prémio tão desejado. Do outro lado estavam jogadores como Gio Van Bronkhorst, Belletti, Giuly, Davids, Etoo e claro Lionel Messi, mas a estrela principal tinha um nome: Deco.

Este era o seu jogo, o momento de consagração do "Mágico" que venceu no Porto e em Barcelona e ainda encantou envergando a camisola da nossa selecção. Foi dia de reunir os amigos para um último adeus a Deco dentro dos relvados e o espectáculo (mesmo sempre a presença de Mourinho e Ronaldinho) não defraudou.


Como é óbvio há sempre tempo para as piadolas de bancada sobre o estado físico de alguns jogadores. Por exemplo no meu grupo de amigos questionámo-nos se foi boa ideia o Jorge Andrade ter jogado mesmo estando grávido, vibramos sempre que Maniche tentava um sprint, contávamos os minutos a ver quando é que o Jorge Costa dava uma pantufada bem dada a um adversário, pedimos multa por excesso de velocidade do Messi sempre que ultrapassava adversários e chegamos à conclusão que Davids é brutal, pena é que a bola tende a atrapalhar ... (já referi que o Jorge Andrade estava mesmo muito gordo? Ele já deve ter o seu próprio espaço gravitacional ...). 

Tirando as graçolas o relvado do Dragão teve de tudo. Jogadas bem elaboradas, golos para todos os gostos que levantaram o estádio, invasões de campo "amigáveis", assobios iniciais a Messi e "standing ovacion" a Deco que saiu ao som de aplausos quando foi substituído ao envergar o "10" portista e o "20" culé.
Hoje acima de tudo reviveu-se o que foi Deco para todos e em muitos momentos notava-se que o toque pessoal ainda lá estava. Como não podia deixar de ser marcou um golo para ambos os lados sendo ele a fechar o marcador em 4-4.


A noite mágica terminou com a volta ao estádio de um dos ícones que marcou o futebol.
Obrigado Deco, foi um prazer ver-te jogar.