"Writing is a socially acceptable form of schizophrenia."
(E.L. Doctorow
)

"Words - so innocent and powerless as they are, as standing in a dictionary, how potent for good and evil they become in the hands of one who knows how to combine them."
(Nathaniel Hawthorne
)

sábado, 27 de agosto de 2011

América - Love it or hate it!

Nos próximos dias será lançada uma biografia sobre George W. Bush em que o próprio fez declarações exclusivas sobre o seu mandato.
Uma das frases polémicas já reveladas de antemão é quando ele diz que chegou a governar sem saber o que fazer, vivendo o dia após dia. A explicação (para os que ja estavam a festejar a burrice de Bush) prende-se ao que segundo ele diz foi ter-se preparado para um mandato virado para politica interna e de repente ver-se envolvido em várias frentes de guerra.

Tudo isto foi informação que retirei do site do JN que publicou a notícia e como é normal admite aos seus leitores comentar. Nos comentários li pelo menos umas 10 teorias de conspiração americanas, cada uma pior do que a outra e fico a pensar como é que tantos experts não estão no FBI ou na CIA visto serem grandes detectives... Depois descubro que não estão lá porque essas agências também fazem parte do grande mal do mundo que são os USA. Mas será que são mesmo?

Quantas pessoas vivem nos EUA e se não tivessem encontrado lá um caminho, provavelmente estariam ainda sem rumo ou na miséria?
Quantos países devem a sua liberdade ás intervenções americanas que tanto dizem ser só "pelo petróleo e exploração"? Seria Timor Leste neste momento independente sem os EUA?

Enfim no meio disto tudo, ficamos a saber que por muito que se faça, os EUA serão sempre um misto de concentração de amor, ódio, esperança... e assim seguem a vida deles...

Quanto ao 11 de Setembro e aos que acham que os muçulmanos, islâmicos, do médio oriente são "uns santos mártires", deixo aqui um vídeo que me foi mostrado por um amigo. Saudações minhas vindas da Alemanha, um dos países da Europa onde o islamismo já tem certa influência...

"The islamic tidal wave"



domingo, 14 de agosto de 2011

Porquê, saudade?


Será a altura certa para o dizer? Para o admitir?

Mas, dizer realmente o quê? Que admitir?

Será tarde demais? Deverei dizê-lo?

Mas, qual será o momento certo para o declarar?

E se o declamar, que vantagem me trará?

Serei escutado com atenção e carinho? Ou apenas uma parede me ouvirá?

E tu, saudade, que queres de mim?

Que admita que me tomas diariamente? 

Que admita que, cada vez que isso acontece, a intensidade não pára de crescer?

Será que é para me castigar?

Será que me mostras que, na realidade, aquilo que desejo ter e aquilo com quem desejo estar não é, na verdade, aquilo que realmente mereço?

Se calhar, não mereço realmente...

Tu, minha amiga traiçoeira, trazes à superfície aquilo que faz com que não mereça aquilo que gostaria de merecer.

Saudade, tocaste-me com um sentimento. Um sentimento que nunca imaginei que fosse tão forte.

Querida companheira, revelaste, aos meus olhos, as minhas fraquezas, os meus defeitos.

Irmã de dor, iluminaste a importância daquele ser.

Nada me fazia sentir mais completo como pessoa do que uma outra pessoa.

Mas não uma qualquer. Esta distinguia-se das restantes.

Nos teus jogos com o meu ser interior consolidaste um grande sentimento. 

Como pudeste saudade?

Porquê a alguém tão impossível para mim, um ser grandemente defeituoso? Alguém que agora é apenas um sonho, uma miragem, um luz ao fundo do túnel!

E agora queres que o diga?

Queres que admita tamanha falta por alguém que tu, sim tu, me causaste?

Venceste. A verdade é ditada pela saudade.

A saudade tomou conta de mim...

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Londres, o apogeu do caos

Destruição, multidões em fúria, confrontos com as autoridades … imagine quase o fim do mundo e depois veja os noticiários, verá Londres. A morte de Mark Duggan serve de rastilho para estes dias de constantes batalhas campais nas ruas onde sempre parecia que o Big Ben nunca seria chateado com problemas.

Como seria de esperar, esta “onda” começa a alastrar: “As revoltas registadas na noite de sábado para domingo na zona de Tottenham, no Norte da cidade, atingiram as áreas próximas de Enfield e Walthamstow, bem como a área de Brixton, a Sul. Em todos os casos, centenas de agitadores atacaram a polícia e saquearam lojas locais, havendo já a registar 35 polícias feridos e mais de 100 pessoas detidas.”

Já houve pelo menos um morto (até ao momento). Um homem foi baleado enquanto estava dentro do seu próprio carro. Como já deu para ver, caos é a palavra certa e a definição de segurança para os lados das terras de Sua Majestade parece demasiado ténue e efémera. Motins que destroem tudo a sua passagem, usurpando zonas comerciais graças aos seus actos de vandalismo.

Muito se fala do fim do mundo e de catástrofes, mas penso que fica claro que quem fará mais estragos quando “ameaçados” somos mesmo nós. Ordem é algo que parece não existir e quase que nos faz pensar se isto não será apenas um “taste” daquilo que poderá esperar outros países (porque nem sempre os bons exemplos são seguidos…)

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, prometeu restaurar a ordem no país, chamado todos os deputados que se encontravam em férias."O povo não deve duvidar de que faremos tudo o que for necessário para restaurar a ordem nas ruas”, declarou Cameron durante um breve discurso.
Veremos como toda esta situação será resolvida, mas até lá a fúria de uns será com certeza o mal-estar de outros.

"O caos é impensável, já que a mistura é uma ordem e não há para o espírito do homem, ou no espírito do homem, nada que não seja relação. O que acontece é que chamamos desordem à ordem que nos não agrada, ao conjunto de relações em que não entendemos ou não aceitamos a relação connosco."
Agostinho da Silva
(Filósofo/Poeta/Ensaísta)