"Writing is a socially acceptable form of schizophrenia."
(E.L. Doctorow
)

"Words - so innocent and powerless as they are, as standing in a dictionary, how potent for good and evil they become in the hands of one who knows how to combine them."
(Nathaniel Hawthorne
)

terça-feira, 19 de abril de 2011

Crónicas em Branco: a verdadeira história

Está na hora de revelar ao mundo um dos segredos mais bem guardados: a origem deste espaço. 

 
É provável que ao entrar no nosso blog imagine que isto surgiu porque 5 pessoas decidiram juntar-se para escrever para o mundo ler … logo aí está enganado. Este blog foi alvo de eleições onde três listas no final de Dezembro de 2010 apresentaram as suas ideias para preencher este espaço. 

A primeira lista era liderada pelos ‘velhos do Restelo’ que pretendiam que este espaço fosse para que os que sobreviveram ao tempo de Salazar pudessem falar daquilo que realmente lhes interessa: os preços dos remédios para as artroses, a cor das boinas que melhor fica com a camisa de flanela que se comprou em Moscavide em 84 e o porquê de ainda não existir uma pasta que faça com que a placa dentária fique sempre colada. Não prometiam nomes sonantes … mas muita polémica e Alzheimer.

A Lista B era protagonizada por figuras que prometiam um sucesso imediato do blog … mas sem dizer como e com quem a escrever. Aclamavam que quem viesse para este espaço teria declarações bombásticas e com altos rendimentos, mas sem nunca nomear cronistas. Muitos cronistas famosos apareceram referenciados, mas o líder da lista garantiu que recusou contratar Fernando Pessoa e Camões porque estavam indisponíveis.

A Lista C (a nossa candidatura) contava com a ajuda de fundos russos, de alguém com poder político e com o inigualável Paulo Futre que em muito contribuiu para o nosso projecto. Designado como mandatário eu e os nossos patrocinadores queríamos que este fosse um espaço para os jovens se exprimirem sem tabus ou complexos … e com algumas surpresas. Aqui fica o vídeo da nossa projecção para este blog onde damos a conhecer a lista de “reforços”:



E assim ganhamos. Nos dias seguintes o alarido era enorme nos aeroportos para ver a chegada do cronista chinês, o tão aguardado trunfo de Futre no projecto.  Mas como em tudo na vida existe um revés: o chinês não quis quebrar o contrato que tinha numa loja em Sacavém dizendo ainda que já era bastante feliz ao fazer bugigangas para vender a um euro. Aí começou o descrédito: Futre abandonou o cargo, o tio de Sócrates ao ver que o sobrinho não ia dar dinheiro também saiu e o magnata russo (completamente rendido ao Porshe amarelo de Futre) foi atrás dele e pediu para que lho emprestasse.

E assim ficamos nós os 5, sem patrocínios nem nomes de alto gabarito para nos representar mas com a consciência de que quando escrevemos nada é intocável ou demasiado arriscado. Aqui deixamos recados para o mundo e damos chances para que o mundo nos responda.
Isto é o Crónicas em Branco

2 comentários:

Unknown disse...

Pra que rico blog que aqui está.
Muito simples e com ideias originais.
Continuem =)

(ps.aquela pasta para a placa dentária que foi mencionada na parte dos velhos do restelo...aho que vi um anúncio na televisão e acho que já há,mesmo)

Marisa disse...

adorei...

acho que metes o futre num bolso.
se te tivésses candidatado a presidente do sporting, os resultados não deixariam que houvesse tempo para polémicas :P

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