"Writing is a socially acceptable form of schizophrenia."
(E.L. Doctorow
)

"Words - so innocent and powerless as they are, as standing in a dictionary, how potent for good and evil they become in the hands of one who knows how to combine them."
(Nathaniel Hawthorne
)

sexta-feira, 11 de março de 2011

Cavaco Silva 2.0


No dia 9 de Março Aníbal Cavaco Silva tomou posse em mais um mandato após ter vencido as presidenciais contra adversários como Alegre, Nobre e até Coelho. Após essa difícil tarefa (não sei se consegui criar ironia agora) lá teve lugar uma cerimónia com toda a pompa e circunstância que serviu para entupir todos os canais generalistas com tudo o que se passava segundo a segundo, desde a chegada de políticos que ninguém conhecia, passando por José Sócrates e a sua gravata azul até à chegada de Cavaco Silva que julgando pelo tempo que demorou nem parecia que queria aparecer.

Não deixa de ser curioso o facto de Cavaco Silva ter visitado o Navio Escola Sagres antes de partir para a Assembleia da República. Provavelmente foi perguntar se havia espaço para mais dois quando Portugal se começar a afundar ainda mais na crise ou foi pedir conselhos em como dirigir uma ‘navegação’ que quer fazer cada vez mais motins para ter um novo líder.

Está na hora de ser sincero para convosco. Eu não estava em casa no momento do discurso. Pronto já disse e não vale a pena condenarem-me por isso, eu próprio estou muito desiludido comigo mesmo… (de novo não sei se consegui criar ironia).
Mas no entanto li bastante sobre o assunto e ao que parece o shôr Silva foi um bocado parcial. Citando uma das minhas fontes jornalísticas: “Cavaco Silva demonstra a profunda fractura que separa o Governo e a oposição bem como a difícil coabitação entre o chefe de Estado e o executivo. Num discurso de 40 minutos, Cavaco Silva falou mais como um líder de partido do que como um elemento moderador de tensões da vida política”.

Eu não sou o melhor expert no que toca a política, mas por um lado eu entendo o Presidente da República. Ele passou o primeiro mandato a dizer coisas sem sentido e completamente irrelevantes e a declarar decretos sem qualquer tipo de utilidade. Como viu que seria a figura central da cerimónia e que todos os que lá estavam teriam de o ouvir, pumba! Mandou logo uma farpa a todos como quem diz “tenho 71 anos mas ainda estou aqui pronto para a porrada” … sejamos sinceros, com esta idade ter esta força de vontade de ainda querer fazer algo de útil é de louvar, temos é de esquecer o primeiro mandato (faz de conta que era um aquecimento).

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